Os avanços não têm sido significativos, nas duas últimas décadas, em relação às medidas contingentes de protecção do meio ambiente e de preservação dos reservatórios florestais do planeta. A finalizar o Ano Internacional das Florestas, Durban, na Àfrica do Sul, está a ser palco, durante 2 semanas, de mais uma Cimeira Internacional, a qual não se iniciou com bons auspícios de mudança dada a situação económica mundial que nada abona na disponibilização de verbas para os temas do meio ambiente. Contudo, os parceiros mundiais insistem na concertação mundial relativamente à redução de emissão de gases poluentes e na criação de medidas que obstem à destruição das florestas tropicais.
Há duas semanas o Jornal i avançava com um estudo sobre algumas das causas e efeitos do aquecimento global no planeta. Ontem, a Nature fazia um balanço dos avanços e recuos.
A devastação florestal anual é responsável por 15% do aumento mundial de emissão de gases atmosféricos poluentes. Em Durban, as propostas que ganham terreno, são as que sugerem transferência de verbas da “prevenção” para a “gestão” das florestas, nos países em vias de desenvolvimento. O objectivo é procurar compromissos quanto aos limites anuais de desflorestação de cada país, criando quotas que deverão ser respeitadas a nível de toda a comunidade internacional. Procura-se encontrar o equilibrio entre os recursos naturais existentes e as populações que, do ponto de vista socio-económico encontram na floresta o seu meio de subsistência.
Segundo referia ontem, John O. Niles, director do “Tropical Forest Group” de São Diego, "a Cimeira de Durban apresenta um avanço, em relação às Cimeiras anteriores, uma vez que instituiu a cada país a obrigatoriedade de informação das quotas anuais de desflorestação, o que pode representar um futuro promissor em matéria de gestão e sustentabilidade dos recursos florestais existentes. A expectativa mantém-se para os próximos dias de negociações.
Mancha florestal em 2005
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