12.11.11

Alain Proust sobre a obra de Ruskin


No ensaio de homenagem à obra de Ruskin, na sequência de um estudo intensivo, Proust refere que:

“Apesar de todas as suas qualidades a sua obra também acaba por revelar-se pateta, maníaca, redutora, falsa e ridícula, a quem a ela se dedica durante demasiado tempo”.

Transformar a leitura numa disciplina é atribuír um papel demasiado importante a algo que não passa de um incentivo. Ler, encontra-se no limiar da vida espiritual; pode revelá-la, mas não a constitui. Ao fim de um certo tempo, quando o cansaço se apudera de nós, até os melhores livros merecem ser pousados. Dar-lhes descanso, pode revelar-se uma dádiva de vida.

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