13.12.09

Israel - Jerusalem - The Holy City


Jerusalém. Cinco mil anos, ininterruptos, de história. O nome desta cidade inspirou reis, Cruzadas, paixões pela fé, romances, lendas, livros e o cinema. Por ela muitos mataram, saquearam, lutaram, morreram. Centro nevrálgico das três maiores religiões monoteístas do mundo a cidade alberga, no exíguo kilómetro quadrado da cidade velha, a maior concentração de monumentos religiosos relevantes para os crentes que professam qualquer uma das três religiões. Jerusalém assiste ao Sabbath do povo judeu, junto ao Muro das Lamentações, às peregrinações dos cristãos na Via Dolorosa e à Igreja do Santo Sepulcro, às romarias muçulmanas à Esplanada do Templo e à Mesquita El Aksa, o 3º local mais sagrado do mundo árabe.Rodeada por 4 Km de muralhas, que datam dos meados de 1500 d. C., a história da fundação da cidade remonta ao séc: 10 a.C. quando David a conquistou aos Jebusitas e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá. Foi em Jerusalém que o filho de David, Salomão, construiu o Primeiro Templo - A Casa de Deus -, para nele guardar a Arca da Aliança e, posteriormente, um Segundo Templo foi construído, no local desse, no tempo de Herodes, do qual resta apenas uma fachada, "o Muro das Lamentações", o local mais sagrado para o judaísmo. Dividida em quatro bairros - judeu, árabe, cristão e arménio - a população, estimada em cerca de 750 mil, é composta pela maior diversidade de personagens que já alguma vez vi concentradas numa única cidade. Sábado, era dia de Shabbat, dia santo para os judeus. Com um dispositivo militar visivel percorri as ruas estreitas da cidade velha, exclusivamente destinadas a peões. Guardo na memória essencialmente as cores e os cheiros. Os panos de cores garridas pendurados, as resinas perfumadas, os cheiros a incenso que se espalham pelo ar, os turcos, os árabes, os judeus ortodoxos, os cristãos ortodoxos, os não ortodoxos, os carregadores, os vendedores, a confusão, os atropelos na rua, o meu sorriso ao sentir-me saltar para dentro de uma história das Mil e uma Noites.Sentei-me a um canto na praça "Khan Az-Zait", mesmo ao pé do portão de Damasco, o mais bonito da cidade velha. Instalou-se nesta praça um gigantesco mercado e é delicioso ficar a observar tranquilamente toda aquela azáfama de gente atropelada nas pressas das suas vidas. Tantos credos e raças que passavam por mim. De onde viriam? A cidade converge pessoas de todo o mundo que professam o judaísmo. Nos últimos 8 anos, instalaram-se em Jerusalém cerca de 10 mil judeus vindos de vários pontos do mundo: Estados Unidos, União Soviética, França e Países de Leste, são as origens mais vulgares. A cidade é calma e ninguém diria que estamos num país que vive, latentemente, debaixo de um barril de pólvora. As emoções, relacionadas com os conflitos de Israel, só iria experimentá-las no dia seguinte. Fotogrs: CRV

2 comentários:

HELENA AFONSO disse...

OLÁ CRISTINA,
Primeiro que tudo muito obrigada por ter visitado o meu blog e ter deixado o seu parecer do meu relato de viagem pelo Borneo. Realmente só tenho a agradecer a sua boa companhia e do Zé, foram os companheiros fantásticos e quando estávamos lado a lado a olhar e fotografar pensei que foi um dádiva de Deus dar-me a vossa companhia como presente......
EStou a seguir com interesse este seu relato de viagem por terras de Israel.... traz-me à memória a minha viagem de há quazi 30 anos, quando "a terra prometida" era um mundo de PAZ, realmente vejo que os mercados são os mesmos, as igrejas, as praças, até as pessoas, mas sem duvida o modo de vida e o ideais mudaram muito, mas é bom saber que à primeira impressão não se veja o tal "bsrril de pólvora"....fico à espera do relato das suas emoções....
Beijinho e BOM NATAL!

Paralelo Longe disse...

Olá Helena,
Obrigada por passar por aqui. O sentimento é absolutamente recíproco. Foi um prazer conhecê-la e poder contar com a sua agradável companhia. Partilhamos esta grande paixão pelas viagens e foi um prazer trocarmos impressões sobre tantos locais por esse mundo fora. Parece que nunca conseguimos ter os pés no chão. Andamos sempre a sonhar com a próxima viagem. Por aqui segue-se o Brasil. Já para a semana. Um grande abraço e BOM NATAL!