Israel - Jerusalém - o túmulo de Oskar Schindler

Cemitério de Jerusalém - o túmulo de Oskar Schindler

Quando o escritor australiano Thomas Keneally, autor do livro "A Arca de Schindler", vendeu, em 1996, à Biblioteca de Sydney, todo o material relacionado com a pesquisa e criação do seu livro, longe estariam os conservadores da Biblioteca de adivinhar que no meio de toda a documentação se encontrava uma lista amarelada, de 13 páginas, onde se podiam ler os nomes e as nacionalidades de 801 judeus. A vida e o acto humanitário de Oskar Schindler seria amplamente difundido através do filme de Steven Spielberg, "A Lista de Schindler". Empresário alemão, membro do partido Nazi, mudou-se para a Polónia, no início da Segunda Guerra Mundial, a fim de enriquecer, aproveitando-se da mão de obra judia disponível no Gueto de Cracóvia. Quando, em 1943, o Gueto foi desactivado, e os moradores enviados para o campo de concentração de Plaszow, os operários de Schindler mantiveram-se ao seu serviço. Na sequência da desmobilização do campo de Plaszow, Schindler elabora uma lista com o nome de 1.200 judeus, privilegiando as estruturas familiares, evitando assim o seu envio para outros campos de concentração que culminariam, necessariamente, no seu extermínio. Com o final da Segunda Guerra Mundial, Schindler seria absolvido das acusações de práticas de crimes contra a humanidade, na sequência do depoimento de alguns dos judeus que havia salvo.

Foi com grande emoção que fui visitar o túmulo de Schindler. Uma visita há muito esperada e que foi agraciada com um bonito dia de sol. Ainda permanecem, sobre o túmulo, as pedras que foram aí depositadas pelos descendentes dos 1.200 judeus da sua lista. Segundo me informaram no cemitério, irá ser construído um mausoléu, brevemente, em sua honra. Fotogr: CRV