"Head of a Horse" - 1962 e "Glass and Jug" - 1944
Um dos temas que tem estado na ordem do dia é a zona Euro com todos os seus desiquilibrios, tensões, troikas e perdões de dívida. Mas, para além dos aspectos económicos, a livre circulação de pessoas, bens e serviços, a abolição das barreiras e do controle alfandegário vieram criar um palco, potencialmente alargado, para os traficantes que procuram, nas redes criminosas, o lucro fácil e a transacção patológica de objectos de arte que deveriam constituír, pela sua qualidade ou raridade, património da humanidade. Felizmente, há crimes que se frustram, seja porque as autoridades policiais não cedem perante os obstáculos encontrados na detecção de pistas, seja porque, mais tarde ou mais cedo, surgem sempre provas comprometedoras que levam ao bom desfecho da investigação. A base de dados da Interpol, conta hoje com o registo de 34.000 peças de arte desaparecidas, havendo o justo receio de que algumas delas estejam irreversivelmente danificadas ou destruídas. Foi o que se passou em França, no início de Outubro quando foi localizado um traficante de arte que tinha na sua posse obras de Picasso e Matisse, no valor de 84 milhões de euros. Surpreendido pela polícia confessou, posteriormente, que com a atrapalhação escondeu os quadros num contentor do lixo tudo levando a crer que se encontrem agora entre os detritos de uma das lixeiras de Paris. Mas há histórias que acabam bem. Ao fim de 3 anos e meio de investigações, dois quadros de Picasso, furtados de uma exposição na pequena cidade de Pfaeffkon, foram recuperados na Sérvia. As obras, que faziam parte do Hannover Sprengel Museum, tinham sido emprestadas para a exposição de Pfaeffkon tendo sido daí furtadas. Avaliadas em cerca de 3 milhões de euros, as duas obras de Picasso, regressam agora à sua casa, na Alemanha, mas as investigações continuam, de modo a detectar todos os implicados na rede de contrabando de arte.
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