Playa del Acqua
A Isla Margarita fica localizada no Mar das Caraíbas, a nordeste de Caracas. O seu nome original era "Paraguachoa" denominação dada pelos índios Guaiquerí que originariamente habitavam o local. A lenda refere que Cristovão Colombo aportou aqui numa das suas primeiras expedições. Com a colonização, os espanhois subjugaram os índios, escravizando-os. Nesses tempos, os índios foram obrigados a participar na extracção de ostras, que proliferam nos recifes de mangue, constituindo a venda das pérolas, ainda hoje, uma das riquezas da região. Só no início do séc: XIX, com o movimento independentista das Américas, liderado pelo famoso Simon Bolivar – O Libertador -, a Isla Margarita passou a fazer parte do Estado Independente da Venezuela. A ilha, de dimensões relativamente pequenas, alberga um número significativo de fortalezas, igrejas e monumentos do tempo colonial espanhol. Aqui, as praias atlânticas são agitadas, com ondas boas para a prática do surf, enquanto que todas as outras viradas para o Mar das Caraíbas - as minhas preferidas - são autênticas lagoas de águas calmas, quentes e transparentes. Os principais recursos económicos da ilha prendem-se com a pesca, a extracção de pérolas e o turismo. A população, cerca de 450 mil, é muito simpática e completamente vocacionada para o turismo. Com duas grandes cidades, Porlamar e Assuncion, é possível alternar entre as zonas urbanas e as mais desertas, em pouco mais de 30 minutos. O "Parque Nacional de La Restinga" (na imagem em cima), situado a meio da ilha, é visita obrigatória. Trata-se de uma reserva natural criada de forma a proteger os pés de mangue, local que constitui habitat natural de milhares de ostras, fonte económica da região. Quando visitamos a Restinga é comum existirem por ali inúmeros vendedores de pérolas. Dizem que Juan Griego tem o por-do-sol mais bonito do mundo. Não sei se terá mas, não há dúvida que o por-do-sol visto das muralhas do antigo forte espanhol, localizado por cima da praia, é uma das recordações mais bonitas que tenho da ilha. Com o final da tarde, chegam os barcos que vêm da faina da pesca e, com eles, bandos de pelicanos sofregos de peixe. Visitei esta bonita ilha há uns anos, e regressei algumas vezes, numa altura em que repetia muito os sítios que gostava. Quem sabe, talvez regresse um dia.
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