A Calúnia de Apeles - Sandro Botticelli - 1495
É interessante confrontar este quadro de Botticelli – A Calúnia – com o conto de Borges onde se fala no sonho de Henriquez Urena. Por vezes, há sonhos que invocamos, com um timbre e possibilidades patéticas que mais parecem dissertações caluniosas. Este quadro, encerra várias figuras cujo simbolismo preconiza, em cada uma delas, uma virtude ou um defeito. A cena reporta-se a um Tribunal. Estamos perante um Julgamento. O monge, à direita, representa a Raiva ou a Inveja. O Caluniado - no chão - é arrastado pela Calúnia, que se mostra indiferente aos seus apelos. Esta, pretende levá-lo perante o Rei Midas - um mau juíz -, que se encontra no trono ladeado pela Suspeita e pela Ignorância. A Verdade, é a figura à esquerda do quadro, acompanhada pela Penitência, vestida de preto.
A Calúnia de Botticelli, foi inspirada numa obra da antiguidade, pintada por Apeles, onde este pretendeu defender-se das calúnias de um seu rival. Em qualquer Julgamento, a Verdade deverá prevalecer. No breve sonho de Henriquez Urena, este ouve uma série de frases que encerram em si uma realidade profética : a morte do próprio Urena, o autor do sonho.
A Calúnia de Botticelli, foi inspirada numa obra da antiguidade, pintada por Apeles, onde este pretendeu defender-se das calúnias de um seu rival. Em qualquer Julgamento, a Verdade deverá prevalecer. No breve sonho de Henriquez Urena, este ouve uma série de frases que encerram em si uma realidade profética : a morte do próprio Urena, o autor do sonho.
"Não te lembrarás deste sonho porque o teu esquecimento é necessário para que se cumpram os factos"
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