31.8.09

António Canova

Possagno 1757 - Veneza 1822
Foi na Galeria degli Uffizi, em Florença, que fui encontrar o auto-retrato de um dos meus escultores preferidos neoclássicos. Antonio Canova iniciou a sua formação artística no atelier veneziano de Giuseppe Bernardi Torreto. Instalou-se em Roma, com apenas 23 anos, tornando-se, pouco tempo depois, uma das figuras de relevo do movimento neoclassico que tinha nesta cidade um dos seus pólos difusores. Teve como clientes figuras de relevo da nobreza italiana, francesa e austríaca da época, sendo, contudo, o Papa e Napoleão aqueles que lhe promoveram a fama e a divulgação da sua obra. Adoptando um estilo neoclassico muito próprio, rejeita a submissão a ditames demasiado rígidos preconizados pelas correntes neoclassicistas puras da época. Atribui às suas obras linhas e formas simples, procurando explorar a expressão de ideias e sentimentos, sendo visível a volúpia, a graça e o lirismo em muitas das suas esculturas.
Destaco três das suas obras que me parecem reveladoras dos traços que caracterizam o seu estilo. Seleccionei-as pelo movimento, a graça, a força e os sentimentos que evocam. Considero-as absolutamente geniais.
Hercules e Lica - Museu Canova - PossagnoCupido e Psique - Louvre - ParisAs três Graças - Hermitage - São Petersburgo

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